Nossa História

Historia do Adventismo

HISTÓRIA DA IASD NO MUNDO

Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade mundial de mais de oito milhões de membros e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual.

Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são herdeiros do supradenominacional movimento Milleriano da década de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento incluia cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

Entre 1831 e 1844, Guilherme (William) Miller - um pregador Batista e ex-capitão de Exército da Guerra de 1812 - lançou o grande despertar do segundo advento, o qual eventualmente se espalhou através da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a Terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O Grande Desapontamento”.
Deste pequeno grupo que se recusou a desistir depois do grande desapontamento, surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates.

Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer - principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte - aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma adolescente na época do grande desapontamento, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista por mais de 70 anos até sua morte em 1915. Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde então - que ela desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo de crentes.

Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de Adventistas escolheram o nome Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, John Nevins Andrews, foi enviado para Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H. P. Ribton, um recente converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro adventista foi enviado em 1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 - Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano missionários vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no Japão. A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países.

A publicação e distribuição de literaturas foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A ‘Advent Review’ e o ‘Sabbath Herald’ (hoje ‘Adventist Review’), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em Paris, Maine, em 1850; o ‘Youth’s Instructor’ em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o ‘Signs of the Times’ em Oakland, Califórnia, em 1874. A primeira Casa Publicadora denominacional em Battle Creek, Michigan, começou a operar em 1855 e foi devidamente incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia.

O Instituto de Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a obra da sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, e 1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas em todo o Estado. Em 1903, a sede da denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989 para Silver Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão.

A CHEGADA DO ADVENTISMO AO BRASIL

Há 110 anos era organizada a primeira igreja adventista no Brasil.

Corria o ano de 1884. Um jovem alemão conhecido como Borchardt, residente em Brusque, Santa Catarina, envolve-se em uma briga, ferindo gravemente seu oponente. Com medo da polícia, resolve fugir em direção ao Porto de Itajaí. Lá chegando, embarca clandestinamente em um navio que rumava para a Alemanha. Numa das escalas, acaba conhecendo dois missionários adventistas que lhe perguntam se conhece algum protestante no Brasil. Meio desconfiado, Borchardt responde que seu padrasto, Carlos Dreefke, é luterano. Os missionários pedem-lhe o endereço de Dreefke, deixando claro que o único interesse deles é enviar literatura religiosa para o Brasil.

Alguns meses depois, um pacote contendo revistas adventistas em alemão chega à Colônia de Brusque, endereçado a Carlos Dreefke e com selo de Battle Creek, Estados Unidos. A encomenda é aberta na casa comercial de Davi Hort, um típico casarão colonial de dois pavimentos, distante oito quilômetros do atual centro de Brusque. Dreefke, ainda meio desconfiado, toma para si uma das revistas, com inscrição de capa A Voz da Verdade, e distribui as outras nove para seus amigos que ali estavam.

Com o tempo, algumas famílias demonstraram interesse por aquelas publicações que falavam, dentre outras coisas, na segunda vinda de Cristo, num estilo de vida mais saudável e na importância de se reservar o sábado para atividades de cunho religioso. Continuaram a pedir mais literatura, usando o nome do Sr. Dreefke que, com medo de que algum dia lhe mandassem a conta de todas as revistas, acabou cancelando os pedidos futuros.

A frustração foi geral. Quem poderia assumir agora a responsabilidade pelas revistas? Um polonês de nome Chikiwidowski chegou a se responsabilizar pelos pedidos, mas seu entusiasmo durou pouco. Foi então que uma terceira pessoa entrou na história: Frederich Dressler.

Dressler era filho de um pastor luterano, na Alemanha. Foi expulso de seu país por ser alcoólatra. Aproveitando as correntes migratórias para o Brasil, veio parar em Brusque. Trabalhou como professor, mas toda a sua renda era gasta em bebida. Quando Dressler ouviu falar das tais revistas adventistas que eram enviadas de graça, resolveu fazer um pedido, com a intenção de vendê-las para alimentar o vício que o destruía.

As revistas (como a Hausfreund , “Amigos do Lar”) chegaram e, com elas, alguns livros. Entre eles, um muito especial: oComentário Sobre o Livro de Daniel , de Uriah Smith. Após a leitura desse livro, Guilherme Belz se tornaria – anos mais tarde – o primeiro no Brasil a reconhecer o sábado como dia de descanso, através da literatura adventista.

Em certas ocasiões, enquanto Dressler caminhava pelas ruas em busca de compradores, os folhetos caíam-lhe das mãos trêmulas. Como não havia muito papel espalhado pelo chão naquela época, as pessoas, curiosas, apanhavam os folhetos e os liam. Sem saber, Dressler prestou grande contribuição à causa adventista que ensaiava seus primeiros passos em terras brasileiras.

A Sociedade Internacional de Tratados dos Estados Unidos enviou centenas de dólares em literatura, que Dressler transformou em cachaça. Na venda de Davi Hort, Dressler trocava as revistas e folhetos por bebida. O Sr. Davi as usava como papel de embrulho. E foi dessa forma que a mensagem adventista conseguiu se espalhar mais e mais, como folhas de outono, alcançando famílias e corações nos quais a semente do evangelho começava a germinar.

O PRIMEIRO CONVERSO NO BRASIL

Guilherme Belz nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1835. Veio para o Brasil e estabeleceu-se na região de Braunchweig (hoje Gaspar Alto), a cerca de 18 quilômetros de Brusque. Certa ocasião, ao voltar das compras na Vila de Brusque, notou algo de especial em uma das mercadorias. O papel de embrulho trazia um texto escrito em alemão. A leitura do impresso deixou Belz pensativo por várias semanas, até que, ao visitar o irmão Carl, descobriu que este havia comprado um livro do alcoólatra Frederich Dressler – livro que “coincidentemente” tratava, dentre outras coisas, do mesmo assunto do folheto.

O Comentário Sobre o Livro de Daniel, de Uriah Smith, também estava escrito em alemão. Ao tentar pegá-lo da estante, Guilherme derrubou-o no chão. O livro se abriu justamente no capítulo intitulado “O Papado Muda o Dia de Repouso”. Este título fez Belz recordar sua juventude na Alemanha.

Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha por hábito ler a Bíblia, mas algo o intrigava: “Se apenas o sábado é mencionado nas Escrituras, por que guardamos o domingo?” Sua mãe Luise e o pastor de sua igreja desconversavam e, por isso, a resposta teve de aguardar muitos anos.

Como estava com pressa, Guilherme despediu-se de Carl levando emprestado o livro – segurando-o como se houvesse descoberto um tesouro precioso. Chegando em casa, ele investigou o assunto do sábado mais a fundo, comparando o conteúdo do livro com a sua Bíblia. Finalmente, Belz convenceu-se da santidade do sábado. Guilherme tinha então 54 anos e tornava-se, assim, o primeiro a reconhecer, no Brasil, o sábado como dia do Senhor, graças à literatura adventista. Os Belz não demoraram a espalhar sua nova crença pela região. Pouco tempo depois, algumas famílias já se reuniam para estudar a Bíblia e orar.

Em maio de 1893, por designação da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o missionário Albert B. Stauffer chegou ao Brasil. Juntamente com outros missionários, Stauffer espalhou a literatura adventista em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e outras localidades. Assim, os primeiros interessados na mensagem adventista, em São Paulo, foram surgindo. O mesmo aconteceu no Estado do Espírito Santo, onde Stauffer espalhou vários livros O Grande Conflito.

Os adventistas que, em São Paulo e no Espírito Santo, observavam o sábado e criam na volta de Jesus estavam totalmente alheios à existência dos irmãos de Santa Catarina que, já há alguns anos, professavam a mesma fé.

Em agosto de 1894, chegou ao Brasil outro missionário adventista: William Henry Thurston. Acompanhado da esposa Florence, Thurston veio dos Estados Unidos com a missão de estabelecer um entreposto de livros denominacionais no Rio de Janeiro, para atender aos missionários no Brasil. Com ele vieram duas grandes caixas de livros e revistas impressos em inglês, alemão e pouca coisa em espanhol. Na época, não havia nada publicado em português, pois a Casa Publicadora Brasileira só iniciaria suas atividades a partir de 1900.

Para chegar ao seu destino, muitos impressos eram despachados nos navios oceânicos, outros nos barcos fluviais a vapor (ou mesmo a remo), outros ainda em carros de boi, em lombo de burro e, às vezes, em alguns lugares, nas costas dos missionários.

O PRIMEIRO PASTOR ADVENTISTA A VISITAR O BRASIL

O mesmo navio – Magdalena – que trouxe o casal Thurston ao Brasil levou o Pastor Frank Henry Westphal para a Argentina. Eram poucos os primeiros representantes da Igreja Adventista no continente sul-americano, na época. No final de 1894, num território de 15.500.000 quilômetros quadrados, somente dez homens se dedicavam à proclamação da fé adventista, oralmente ou por escrito. Um deles era o Pastor Westphal, os outros eram os colportores-missionários. Mas, em apenas cinco anos, os vinte já eram duzentos!

Neste mesmo ano – 1894 – o missionário Albert Bachmeyer chegou ao Estado de Santa Catarina. Grande foi sua alegria quando, ao oferecer seus livros a uma família em Brusque, descobriu que havia adventistas ali. Imediatamente, transmitiu a boa notícia a Thurston que, por sua vez, escreveu informando o Pastor Westphal, na Argentina.

Primeiro templo de Gaspar Alto, inaugurado em 1896 (a igreja havia
sido organizada um ano antes, pelo Pastor Westphal)

Casal de pioneiros Guilherme e Johanna Belz

Guilherme Stein Jr., primeiro converso batizado no Brasil

Albert Stauffer: primeiro missionário a pisar em solo brasileiro

Westphal foi o primeiro ministro adventista enviado para servir na América do Sul. Ordenado ao ministério em 1883, em Michigan, dedicou-se à missão urbana de Milwaukee e lecionou História no Departamento Alemão do Union College. Em 1894 foi chamado para servir no continente sul-americano.

Em fevereiro de 1895, o Pastor Westphal desembarcou no Rio de Janeiro, onde o esperavam o casal Thurston e o colportor A. B. Stauffer. Acompanhado por Stauffer, o Pastor Westphal seguiu primeiro para o interior de São Paulo, para batizar os primeiros conversos naquele Estado. Guilherme Stein Jr. foi o primeiro adventista brasileiro a ser batizado, numa manhã de abril do ano de 1895. Seu batismo foi realizado no rio Piracicaba, que na língua indígena significa colheita de peixes. Stein Jr. desempenhou papel importante na Obra Adventista do Brasil como missionário, evangelista, professor, administrador, redator e editor.

No dia 30 de maio de 1895, o Pr. Westphal chega em Brusque, e lá encontra os primeiros grupos de conversos ao adventismo, no Brasil. Emocionados, os novos conversos ouviram pela primeira vez a pregação de um ministro adventista. Em oito de junho de 1895, foi realizado o primeiro batismo de oito pessoas no rio Itajaí-Mirim, uns cinco ou seis quilômetros acima da Vila de Brusque. Três dias depois, o Pastor Westphal realizou o segundo batismo, em Gaspar Alto. Naquele dia, mais 14 pessoas foram batizadas. Com esse grupo de conversos catarinenses foi organizada a primeira congregação adventista do sétimo dia no Brasil, tendo como primeiro-ancião Augusto Olm e diácono, Guilherme Belz (no ano seguinte, 1896, foi construído o primeiro templo em Gaspar Alto).

Em 14 de dezembro de 1895, foi realizado o primeiro batismo adventista no Estado do Espírito Santo. Na ocasião, 23 pessoas foram batizadas, tornando-se membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Poucos anos depois, grupos de conversos adventistas já realizavam a Escola Sabatina em Campos dos Quevedos e Taquari (RS), Brusque e Joinville (SC), Curitiba (PR), Rio Claro e Indaiatuba (SP), Santa Maria (ES) e Teófilo Otoni (MG). O árduo trabalho dos missionários pioneiros prosperava, e mais e mais pessoas eram salvas para o Reino de Deus. Daquele humilde início, com algumas dezenas de conversos espalhados aqui e ali, hoje a Igreja Adventista do Sétimo Dia pode louvar a Deus pelo seu rápido crescimento. Dos dez milhões de membros que a igreja tem no planeta, mais de um milhão estão no Brasil, o que o torna o país com a maior presença adventista no mundo.

Nossa missão hoje não é menos importante que a iniciada pelos pioneiros, com esforço e muita dedicação. Eles prepararam o caminho e espalharam a preciosa semente da verdade. Cabe a nós terminar a colheita para que Cristo volte logo e encerre nossa peregrinação. Maranata!

DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO RESUMIDO DA OBRA ADVENTISTA NO BRASIL

  1884 — O pacote contendo dez revistas Arauto da Verdade , em alemão, chega a Brusque, SC.

  1890 — Surgem os primeiros observadores do sábado em Gaspar Alto, SC. Guilherme Belz é o pioneiro.

  1893 — Albert B. Stauffer, primeiro missionário enviado ao Brasil pela Associação Geral, chega ao País.

  1894 — (1) Albert Bachmeier encontra observadores do sábado em Brusque e em Gaspar Alto; (2) W. H. Thurston chega ao Rio de janeiro com dois caixotes de livros, estabelecendo naquela cidade um depósito de livros.

  1895 — (1) Pastor Frank H. Westphal chega ao Rio de janeiro em fevereiro. Acompanhado por Albert Stauffer, inicia uma viagem realizando batismos em São Paulo e terminando com a cerimônia batismal de Gaspar Alto, em junho; (2) No mesmo mês, a primeira igreja adventista do Brasil é organizada em Gaspar Alto; (3) No mês de julho, os irmãos Berger chegam ao Brasil para colportar; (4) Pastor H. F. Graf chega ao Brasil em agosto e, em dezembro, realiza o batismo em Santa Maria do Jetibá, no Espírito Santo; (5) É criada a Missão Brasileira da IASD.

  1896 — (1) Pastor Spies chega ao Brasil e batiza 19 pessoas em Teófilo Otoni, Minas Gerais; (2) Em julho começa a funcionar o Colégio Internacional de Curitiba, PR, a primeira escola particular adventista.

  1900 — (1) Além da escola paroquial já existente em Gaspar Alto, começa a funcionar a escola missionária, sob a direção do Pastor John Lipke; (2) Começa a ser publicada a revista O Arauto da Verdade , em português, mas ainda em tipografia secular. Guilherme Stein foi seu primeiro editor.

  1903 — Em agosto, o Colégio Superior de Gaspar Alto é transferido para Taquari, RS. A escola paroquial da igreja de Gaspar Alto, entretanto, continuou funcionando.

  1904 — (1) O Pastor Ernesto Schwantes visita o comerciante José Lourenço Mendes, em Santo Antônio da Patrulha, RS. Surgem as igrejas de Campestre e Rolante e inicia-se a transição do adventismo das colônias alemãs para todo o Brasil; (2) Pastor Lipke consegue, nos EUA, a doação de um prelo para o Brasil.

  1905 — O prelo é montado no colégio de Taquari, RS. A Sociedade Internacional de Tratados no Brasil (embrião da Casa Publicadora Brasileira) inicia suas atividades gráficas.

  1907 — A Casa Publicadora Brasileira (então conhecida como Tipografia Adventista de Taquari) é transferida de Taquari para São Bernardo do Campo, São Paulo.

  1911 — (1) José Amador dos Reis, da igreja de Rolante, ingressa na colportagem, passando depois à obra bíblica, na qual foi ordenado ao ministério, tornando-se o primeiro pastor adventista brasileiro ordenado (em 1920); (2) É organizada a União Brasileira, com sete campos, 68 igrejas e 1.550 membros.



AMÉRICA DO SUL

              A história da mensagem Adventista na América do Sul é um capítulo emocionante que fala do poder e dos milagres de Deus. Daremos um breve resumo de como a verdade chegou aos diferentes países de nossa divisão.

União Austral

           A União Austral, que compreende a Argentina, Uruguai e Paraguai foi organizada em 1906 e reorganizada em 1966, ao criar-se a União Chilena. No final de 1991 havia 342 Igrejas organizadas, 68.585 membros distribuídos em sete campos e uma população total de 40.409.947 habitantes. Esta tem sido, na América do Sul, a união base por excelência, enviando missionários a todas as outras divisões do campo mundial. É uma união forte em instituições médicas e educativas como o Sanatório Adventista Del Plata e, agora, a Universidade Adventista Del Plata, como instituições mães e pioneiras.

Argentina

           A mensagem chegou a Argentina através de três vias independentes umas das outras, mas quase simultâneas e entre pessoas de três nacionalidades distintas.
           Em 1886 uma revista protestante publicada na Suíça que chegou às mãos de um senhor chamado Pedro Peverini, que vivia no Norte da Argentina, ridicularizava uma cerimônia batismal por imersão realizada pelos Adventistas na Suíça. Essa critica foi o que acendeu a luz da verdade na Argentina. Peverini era católico, mas sua esposa valdense. Ainda que aquele artigo ridicularizava o batismo por imersão, como também a nossos crentes, despertou sua curiosidade e produziu tal convicção que ele foi induzido a escrever aos parentes da esposa na Itália pedindo-lhes que se comunicassem com os Adventistas na Suíça e conseguissem uma revista em francês que pregava que o fim do mundo estava próximo. Como resultado, a família Peverini abraçou a verdade em 1889 sem jamais ter visto um Adventista do Sétimo Dia, transformando-se nos primeiros a aceitar a mensagem na América do Sul.
           Quase ao mesmo tempo, Deus estava preparando o caminho para que a mensagem entrasse entre a população de fala alemã. A Argentina havia recebido imigrantes do Volga. Entre eles, encontrava-se Jorge Riffel, que, pouco tempo depois decidiu abandonar a Argentina e emigrar aos Estados Unidos. Ali aceitou a verdade e desde então, não pode dormir pensando em seus vizinhos inconversos da colônia alemã, na Argentina. Em 1890 decidiu juntamente com outras três famílias de crentes, regressar e dar a mensagem a seus patrícios na Argentina.
           As quatro famílias chegaram no porto fluvial de Diamante, desembarcaram e se encontraram no porto com o Sr. Reinhardt Hetze, que nada sabia a respeito da chegada deles. Deu-lhes boas-vindas e interessou-se pelos viajantes desorientando-os a se alojar em sua casa. Ao inteirar-se de que eram observadores do sábado, decidiu unir-se a eles para guardar o dia seguinte, o sábado. Hetze havia chegado da Rússia há pouco tempo, quase convencido da verdade.
           O terceiro caso ocorreu muito pouco tempo depois, iniciando a obra em outra região da Argentina, desta vez de fala francesa. O pastor batista da colônia Felícia ouviu que na Suíça havia algumas pessoas que guardavam o sétimo dia da semana e que publicavam uma revista que ensinava sua doutrina. Alguns de seus membros pediram que lhes conseguisse essa revista que ensinava sua doutrina. Como resultado do envio dessas revistas, aceitaram a verdade as famílias Dupertuis e Pidoux.
           Em 1891 chegaram os três primeiros colportores, provenientes dos Estados Unidos, E.W. Snyder, A.B. Stauffer e C.A. Nowlin e um de seus primeiros conversos foi o jovem inglês chamado L.L. Brooking que aceitou a verdade no começo de 1892 como resultado da leitura de nossas publicações. Sabia castelhano e em julho desse mesmo ano começou a colportar entre os valdenses franceses, chegando a ser o primeiro colportor da América do Sul.
           Em 1894 chegou o primeiro pregador enviado pela Associação Geral, o Pr. F.W. Westphal como resposta ao pedido dos crentes russo-alemães de que se enviasse alguém que falasse alemão. Na época, havia 150 crentes, não batizados na América do Sul. No prazo de três semanas a Igreja de Crespo, perto da província de Entre Rios foi organizada sendo a primeira Igreja da América do Sul com 36 membros. No fim do mesmo ano, foi organizada outra Igreja em Buenos Aires com 20 membros.
           Em julho de 1897 publicou-se em Buenos Aires o que foi a primeira publicação do continente sudamericano: uma revista mensal de 12 páginas chamada “El Faro”.
           Um colportor foi a San Cristóbal, província de Santa Fé, onde havia uma colônia de Suíços católicos de origem alemã. Percorreu cuidadosamente toda a colônia, mas não conseguiu vender nenhum livro. Finalmente, encontrou-se com Kalbermatter que lhe disse que não necessitavam de livros desse tipo porque o sacerdote se ocupava dos assuntos espirituais da colônia e eles dos assuntos comerciais. “Pagamos ao nosso sacerdote para que ele se ocupe disso”, foi seu comentário. O colportor não desanimou e ofereceu um exemplar do “Conflito dos Séculos”. Como resultado de sua leitura, aceitou a verdade e pediu para ser batizado junto com sua família. Chamaram o Pr. Westphal para que os batizassem, mas na região não havia nenhum lago em que se pudesse efetuar o batismo.
           Kalbermatter estava decidido a ser batizado. “Temos abundância de água para esse propósito; siga-me e eu lhe mostrarei”. Apontando para o poço disse: “Ali há água suficiente, pois há uns três ou quatro metros de água”.
           Desse modo, a família se reuniu em volta do poço, celebraram o culto e logo baixaram o pastor dentro de uma grande tina, amarrada a uma corda. Quando a água chegou à cintura, amarraram a corda no bocal do poço para que a tina não continuasse baixando; pela outra corda, desceu um dos filhos do Sr. Kalbermatter. O pastor o batizou e logo subiu à superfície. Outro dos filhos desceu, e desta maneira estranha foram batizados pai e filhos nas profundezas de um poço.
           Luiz Ernst, um jovem uruguaio que havia se convertido em setembro de 1898, chegou esse mesmo ano a um encontro de crentes com a Bíblia na mão e uma maleta na outra e disse: “Vim para estudar mo colégio”. Disseram-lhe que não havia colégio, mas ele insistiu em que tinha que se preparar para a obra de Deus. Desse modo, antes que terminasse aquele congresso, os irmãos fizeram planos para estabelecer o que hoje é a Universidade Del Plata. O colégio foi fundado em 1899 em Las Tunas, província de Santa Fé, e pouco depois, foi transferido para seu atual campus. Muitos obreiros receberam ali treinamento e serviram e servem em muitas partes do campo mundial.
           Em 1901 depois do estabelecimento do colégio, o Dr. R.H. Habenicht fundou o que hoje é o Sanatório Adventista Del Plata.
           Em 1906 mudou-se para Florida a instituição conhecida hoje como Casa Editora Sudamericana que continua cumprindo seu propósito, preparando publicações necessárias aos campos de fala castelhana de todo o continente.
           Em 1916 organizou-se na cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires, a Divisão Sul-Americana. Na ocasião o Pr. O. Montgomery foi eleito presidente. Ao ser a divisão organizada havia em toda a América do Sul 4.903 membros, dos quais 1.358 estavam na Argentina.
           Até 1991 a Argentina possuía cinco Associações, com um total de 187 Igrejas e 56.644 membros.
           
Uruguai
           A mensagem entrou no Uruguai graças aos esforços do colportor A.B. Stauffer, por volta de 1892. Ele vendeu muitos livros entro os colonos suíços. Muitos exemplares de “O Conflito dos Séculos” chegaram aos lares dos valdenses da colônia vizinha. Com o tempo, organizou-se uma Igreja cujos membros provinham quase todos da mesma família.
           No Uruguai prevalecia o ateísmo e a indiferença para com os assuntos religiosos, de modo que o número de crentes aumentou lentamente. Era considerado um país duro.
           Em 1912 o Pr. F.L. Perry decidiu realizar uma série de conferências em Montevidéu e organizou uma Igreja. Em anos recentes notou–se uma mudança na receptividade da mensagem e hoje temos uma missão com 36 Igrejas, 6.447 membros e uma população de 3.060.000 habitantes.

Paraguai

           A republica do Paraguai se caracteriza por seu catolicismo e fanatismo.Em 1898 visitou Assunção pela primeira vez, o missionário E.W. Snyder e encontrou ali uma ou duas pessoas que já haviam começado a guardar o sábado, convencidas por algumas publicações que haviam recebido.
           Os verdadeiros promotores da obra no Paraguai, porém, foram dois jovens chilenos convertidos na Argentina: Federico Bizama e, mais tarde, o Pr. Luís A. Rojas. Esses jovens semearam fielmente a semente, através da página impressa e da pregação e, a seu tempo, colheram a mil.
           Certa vez um Adventista foi preso e os soldados levaram sua Bíblia. Como resultado da Palavra roubada, o sargento e sua esposa foram batizados e alguns outros soldados se interessaram.
           Ainda que houvesse muitos outros obstáculos ao desenvolvimento da obra no Paraguai, hoje contamos ali com uma missão que tem 19 Igrejas organizadas, numerosos grupos e congregações e 5.503 membros distribuídos em uma população de 4.397.300. Temos um colégio secundário, várias escolas e sanatórios reconhecidos.

União Chilena

           A união Chilena foi organizada em 1966, desagregando-se do que era a União Austral. Compreende todo território do Chile e conta agora com quatro campos: Central, Norte, Pacifico e Sul-Chilena se dividira dando origem a mais um campo. Temos ali 320 Igrejas, com 68.013 membros e uma população de 13.389.805 habitantes.
           Alem de numerosas escolas primarias, há vários colégios secundários e a Universidade Adventista do Chile. A União tem também a obra medica devidamente estabelecida. A Obra se caracteriza por uma forte paixão dos leigos por trabalhar e ganhar almas.
           È interessante a historia da direção e providencia divina no começo de nossa obra no Chile. Mais de uma pessoa foi induzida a aceitar miraculosamente a mensagem atravéz de sonhos ou de alguma outra circunstancia extraordinária, preparada pelo Espírito Santo.
           O primeiro missionário a levar a mensagem em solo chileno foi C.A. Nowlin que, logo depois de chegar a Argentina em 1891, dirigiu-se a Punta Arenas onde deixou livros cheios da verdade, passando a seguir para Valparaíso. Mas os principais pioneiros do Chile forma T.H. Davis e F.W. Bishop.
           Esses dois jovens, convencidos da direção e proteção divina, chegaram ao porto de Valparaíso em 1894, sem dinheiro, sem saber o idioma do país e sem ter ali alguns amigos ou conhecidos. Levaram caixas de livros em inglês e começaram imediatamente a vende-los para sustentar-se, trabalhando entre a população de fala inglesa. Logo, a mão guiadora de Deus colocou-os em contato com a família de um pastor batista, o Sr. Balada, que tratou de convence-los de seu erro em guardar o sábado. Naturalmente não só não teve êxito em convence-los, mas, bem depressa descobriu que os argumentos dos jovens eram irrefutáveis.
           Conversando certo dia com sua esposa, contou-lhe as idéias raras que esses colportores defendiam e lhe disse que apesar de não conhecerem o idioma, parecia que queriam ensinar a Bíblia a ele, que era pastor. Ela respondeu ao esposo: “Eles têm razão porque segundo a Bíblia, o sábado é o dia que se deve guardar”.A Sra. Balada decidiu em seguida guardar o sábado, sendo a primeira pessoa a aceitar a verdade do sábado no Chile. Pouco depois, seu marido uniu-se a ela.
           Pouco depois esses jovens colportores reconheceram que deviam aprender o idioma se queriam obter resultados satisfatórios, de modo que começaram a estudar o castelhano utilizando a Bíblia como livro-texto. Liam alternadamente a Bíblia em espanhol e em inglês; e pouco começaram a conhecer algo da nova língua.
           Certo dia estavam na praça da Alameda, ocupados no estudo do novo idioma quando se aproximou deles um jovem. Olhou-os por um momento, aproximou-se mais e lhes dirigiu a palavra. Era Victor Thomann, um suíço que os havia visto em sonhos há pouco tempo e os tinha ouvido ler em voz alta precisamente o mesmo que estavam lendo naquele momento: o Salmo 103. Apesar das dificuldades para se entenderem, os colportores convidaram-no para ir ao seu alojamento e ali, mostraram alguns textos bíblicos referentes aos pontos principais da verdade presente. Thomann aceitou avidamente os ensinos bíblicos.
           Quase ao mesmo tempo, Eduardo Thomann, irmão mais velho de Victor, chegou a conhecer a verdade por intermédio de um folheto que lhe deu um interessado amigo da família Balada. Victor era membro fervoroso da Igreja presbiteriana e levou o folheto para compara-lo à Bíblia e comprovar a falsidade de seus ensinos. Providencialmente adoeceu e teve que guardar repouso. Teve, assim, tempo suficiente para estudar o assunto e descobrir que o folheto estava de acordo com a Bíblia. Decidiu aceitar os novos ensinos e começou a guardar o sábado. Não sabia que seu irmão conhecia também as mesmas verdades e havia chegado à mesma decisão. Assim foi o começo da obra na grande cidade de Santiago.
           Hoje a obra no Chile está firmemente estabelecida e ali temos uma irmandade maravilhosa, cheia de zelo e fervor missionário. Do Colégio Adventista de Chillán, hoje universidade, saíram muitos missionários não só para o Chile mas para outros países da América do Sul e para outras divisões do campo mundial.

União Incaica

           A União Incaica, composta hoje pelo Peru e Bolívia (há planos de se criar uma nova União, separando a Bolívia e Incluindo talvez o Equador na nova União) é a União com o maior número de membros em toda a divisão, possivelmente, a maior união do um mundo. No fim de 1992 havia seis campos no Peru e dois na Bolívia, com um total de 336.407 membros, 792 Igrejas organizadas, muitos grupos e congregações e uma população de 28.491.590 habitantes.
           A Obra esta firmemente estabelecida, com sólidas instituições educacionais e medicas, tanto no Peru como na Bolívia.

Peru

           O primeiro representante dos Adventistas do Sétimo dia no Peru foi um carpinteiro chileno que, em 1898 viajou a esse país e combinou seu trabalho secular com as atividades missionárias. Em 6 anos conseguiu que 20 crentes guardassem o sábado, apesar do fato de que as reuniões tinham que ser realizadas com portas e janelas fechadas. Em 1905 começa nossa obra organizada no Peru quando os Adventistas de Dakota do Sul ofereceram-se para pagar o salário de um missionário para aquele país. Sob tais circunstancias, enviou-se o Pr. F. L. Perry que depois de quatro anos, pode informar que havia organizado uma Igreja, quatro grupos e alguns crentes isolados. As pessoas responderam bem, mas a posição era grande.
           Perry, persuadiu um professor de escola, que lecionava na região do Lago Titicaca , a distribuir algumas publicações nossas. È provável que uma dessas publicações tenha caído nas mãos do cacique Camacho, que havia aprendido a ler no exercito. O cacique possuía também uma Bíblia que aprendera a amar. Logo começou a guardar o Sábado e assim iniciou a emocionante historia de nossas missões entre os nativos daquelas regiões.
           A chegada, em 1910, do Pr. F. H. stahl e sua esposa marcou o estabelecimento da obra permanente dos Adventistas entre os indígenas peruanos. Obra cujo progresso quase não tem paralelo nos relatos dos empreendimentos missionários.
           Nossa obra educacional tem sido uma cunha de entrada para começar a afirmar outras fases das atividades Adventistas. Temos hoje no Peru uma extensa rede de escolas primarias e vários colégios secundários, alem de uma universidade localizada em Nana, próxima a Lima e primeira nesta divisão, começando a funcionar em 1984.

Bolívia

           Um colportor chileno foi o primeiro Adventista do Sétimo Dia que proclamou a mensagem do terceiro anjo na Bolívia. Em 1903 vendeu nesse país os livros “Patriarcas e Profetas” e “Caminho a Cristo”. Mas uma severa perseguição impediu-o de fazer muito mais pelas pessoas. Na ocasião foi condenado a morte, mas conseguiu escapar. Ainda que, em 1906, o governo decretasse liberdade de consciência, as pessoas fanáticas e ignorantes continuarão a perseguição.
           Em 1907 E.W. Thomann, redator, naquela ocasião, da revista que publicávamos no Chile, orou pedindo a Deus que enviasse obreiros a Bolívia para continuar a obra começada pelas escassas publicações distribuídas. Sua oração foi respondida com uma convicção forte de que ele mesmo devia ir. Partiu no mesmo ano. Em 1909 a Associação Geral enviou a F.A. Stahl que se estabeleceu em La Paz e abriu um dispensário (pequena clinica) para os indígenas,dando tratamento também as famílias européias. Não tiveram êxito e logo foram transferidos a Missão do Lago Titicaca, no Peru, onde se seguiu uma rica colheita.
           Na verdade, não se teve um observador do sábado na Bolívia ate 1912. Oito anos mais tarde, somente vinte pessoas haviam aceitado a mensagem que nossos missionários haviam se esforçado para dar-lhes.
           Esses foram os começos difíceis e duros. Mas o Senhor cuidou da semente ali semeada e hoje, pela graça de Deus, temos na Bolívia duas missões: a Missão Boliviana Ocidental com 63.155 membros e uma população de 3.121.790 habitantes, ou seja, há um Adventista entre cada 49 habitantes; e a Missão Boliviana Oriental, com 16.899 membros e uma população de 3.037.700 habitantes, o que significa um Adventista entre cada 180 habitantes.

As Uniões Brasileiras

           O Brasil esta a ponto de tornar-se o país do mundo com a maior quantidade absoluta de Adventistas graças a Deus. No final de 1991 havia, neste país, quatro uniões, com um total de 550.690 membros para uma população de 153.750.950 habitantes, o que significa um Adventista entre 280 habitantes.
           A sede da Divisão Sul-Americana esta em Brasília e a obra é amplamente conhecida e respeitada. Dentre esses milhares de Adventistas há homens e mulheres que ocupam importantes funções na industria, comercio, ciências, artes e outros que desempenham cargos públicos sem esconder sua condição de Adventistas.
           A obra de publicações, a educativa e a media são muito fortes no Brasil e a irmandade, de modo geral é muito fortes no Brasil e a irmandade, de modo geral é muito animada e missionária.
           Como sucedeu em outros países, a porta de entrada para a mensagem Adventista foram nossas publicações.
           Um jovem chamado Borchardt, em 1884, cometeu um crime em Brusque, Santa Catarina, refugiando-se e arranjando trabalho em um navio alemão que fazia a linha de navegação entre a Europa e América do Sul. Em uma viagem, talvez nos países europeus, conheceu uns missionários Adventista aos quais deu o nome e o endereço de seu padrasto, Carlos Dreefke, também em Brusque, para lhe remeterem literatura religiosa. Quando o pacote contendo dez revistas em alemã “Stimme der Warheit” (A Voz da Verdade) chegou, Dreefke estava em um bar, e, desconhecendo a procedência do material, recusou recebe-lo temendo que se tratasse de um golpe de um golpe de vigaristas. Depois de muito insistir inutilmente com Dreefke, o próprio dono do bar abriu o pacote, ficando com um exemplar para si. Diante disso, Dreefke animou-se e distribuiu as nove restantes. Dez famílias se interessaram em continuar a receber os periódicos. Outras remessas foram feitas e a publicação continuou sendo lida.
           Dreefke, porém, temeroso de que o recebimento das revistas implicasse responsabilidade de efetuar algum pagamento, pediu que não a remetessem mais. Nesse ínterim, Chikiwidoski, professor local, assumiu total compromisso pela distribuição do material e as despesas que surgissem, mas logo também desistiu. Finalmente, Dreefke, um alcoólatra, responsabilizou-se pelos periódicos e escreveu à Sociedade Internacional de Tratados nos Estados Unidos pedindo que aumentasse o material, prometendo efetuar o pagamento. Os americanos aumentaram a quantidade de revistas e enviaram também livros. O alcoólatra trocava o material impresso por bebidas nos armazéns para servirem de invólucro às mercadorias e vendia os livros.
           Como resultado da leitura do livro “Daniel e Apocalipse”, Guilherme Belz, a esposa, e filho e alguns outros começaram a guardar o sábado em 1890, mão não se comunicaram com a direção da Igreja nos Estados Unidos.
           Em maio de 1893, Alberte Stauffer, depois de haver trabalhado entre os alemães na Argentina e Uruguai, veio ao Brasil, dirigindo-se ao Rio de Janeiro, na época, Capital do país. Foi seguido por E.W. Snyder, C.A. Nowler e Lionel Brooking, converso inglês, residente em Buenos Aires que havia ingressado na colportagem. Durante os meses restantes, Stauffer colportou em Rio Claro, São Paulo, onde vendeu o livro “O Conflito dos Séculos” ao avô do Pr. Luiz Waldvogel.
           Em 1894, Stauffer dedicou-se a colportar no Rio Grande do Sul. Ali, em Santa Maria vendeu um exemplar de cada livro que trazia a um senhor chamado Ernesto Schwantes e, em Taquari, no mesmo Estado, Germano Preuss, dono de um hotel, adquiriu um exemplar de “Patriarca e Profetas”.
           William Thurston, para atender os colportores no trabalho que ia ser feito, chegou ao Rio de Janeiro trazendo duas caixas de livros e revistas em 1894. A maioria dos livros era em inglês e alemão e, alguma coisa em espanhol. Formou-se no Rio de Janeiro um deposito que foi o embrião de nossa atual casa Publicadora Brasileira. Chamavam-se de “Sociedade Internacional de Tratados”.
           Enquanto isso, em três lugares diferentes algo importantíssimo acontecia:
a. Como fruto do trabalho dos colportores Stauffer e Bachmeier, surgiram interessados nas cidades de Rio Claro, Piracicaba e Indaiatuba, Estado de São Paulo.
b. Colportores em Gaspar Alto, então distrito de Brusque, Santa Cantarina, em 1894, Bachmeier encontrou um grupo de crentes que estava guardando o sábado desde 1890, como resultado da leitura de revistas e livros enviados a uma pessoa indicada por um criminoso e disseminados por um alcoólatra          
 c. Alberto Stauffer aparece, a cavalo, em Santa Maria do Jetiba, Espírito Santo, vendendo o “ O Conflito do Século”, onde despertou grande interesse entre os alemães luteranos.
           A história do começo e do progresso de nossa obra no Brasil é tão impressionante que animamos o leitor a ampliar seus conhecimentos recorrendo a obras de consulta mencionadas neste trabalho.

Equador

           A obra na República do Equador foi organizada em 1906. Desde sua organização até meados da década de 80 fez parte da União Incaica, passado a depender diretamente da Divisão Sul-Americana. A Junta da Divisão, reunida em novembro de 1992 entendeu que, devido ao desenvolvimento da obra e das perspectivas de uma evangelização mais rápida, havia chegado o momento de dividir o território, criando-se uma nova missão. Hoje há duas missões: uma com sede em Guayaquil e outra em Quito.          
           Nossa obra no Equador começou em 1904, quando Tomas Davis, conhecido como um dos iniciadores da colportagem do Chile, chegou a Guayaquil e colportou em todas as cidades e povos situados ao longo da estrada de ferro que liga Guayaquil a Quito. Naquele tempo os padres manejavam as coisas segundo sua vontade. Por isso, quando a esposa do irmão Davis adoeceu gravemente e morreu. Foi-lhe negado o privilégio de ser sepultada no cemitério apesar das súplicas de nosso irmão. Levou a sua querida esposa a um campo solitário, cavou uma sepultura com as próprias mãos e a sepultou em uma tumba que somente os anjos conhecem.
           No ano seguinte, chegou o evangelista J.G. Casebeer, mas os primeiros esforços, aparentemente não tiveram êxito. Em 1907, como resultado da semente lançada pela colportagem, batizaram-se as duas primeiras pessoas, cumprindo-se a promessa que diz: “Lança teu pão sobre as águas e depois de muitos dias o acharás”. O Pr. J.W. Westphal visitou o Equador em 1910 acompanhado de Eduardo Thomann, e logo, seguiram-se outros homens de Deus que trabalharam por meio das dificuldades, incompreensão e intolerância. Hoje, finalmente, a obra evangelística começou a dar frutos. As pessoas estão mais dispostas a assistir às reuniões. Alguns jovens convertidos estão trabalhando na obra. A colportagem segue progredindo e ali temos hoje uma obra próspera com 36 Igrejas organizadas e 16.173 membros que tem como alvo evangelizar os 10.700.000 habitantes do país.

A Divisão Sul-Americana

           Segundo as estatísticas disponíveis correspondentes ao final de 1991, a Divisão Sul-Americana é a segunda divisão do mundo em número de membros, e a primeira no desenvolvimento da obra educacional e publicações.
           Abrange a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. Possui (hoje) 3.802 Igrejas com 1.124.757 membros para uma população de quase 250 milhões de habitantes.
           A Divisão foi organizada em 1916, na cidade de La Plata, Argentina e sua sede esteve sucessivamente em Buenos Aires, Montevidéu e, atualmente, em Brasília. Há três uniões no que se chama de ala castelhana da divisão. Em breve se estabelecerá uma quarta; e, há quatro na ala brasileira onde é possível que não se passe muito tempo sem que se estabeleça uma quinta.
           O Senhor tem abençoado abundantemente à nossa divisao e ao corpo de obreiros consagrados e dedicados e um conjunto de leigos extraordinários e missionários. Estamos certos de que quando o Senhor vier, muitos sul-americanos se levantarão entre o povo para dar-Lhe boas-vindas. Agradecemos a Deus por suas bênçãos.

LOGOMARCA OFICIAL DA IASD
A CHAMA
Esta perspectiva esta formada por 3 linhas que encerram uma esfera implícita. As linhas representam os 3 anjos de Apocalipse 14 rodeando o globo e a nossa comissão de levar o evangelho ao mundo inteiro. Este conjunto forma uma chama, símbolo do Espírito Santo.

A BÍBLIA ABERTA
A Bíblia forma a base do desenho e representa o fundamento bíblico de nossas crenças. Ela se apresenta aberta sugerindo a completa aceitação da Palavra de Deus.

A CRUZ
O símbolo da cruz representa o evangelho da salvação. Está posicionado no centro do desenho, para enfatizar o sacrifício de Cristo, tema central de nossa fé. É significativo também ver que a Bíblia, que representa a lei, e a chama, que representa o Espírito Santo, se encontram e se juntam na cruz.


Versos Bíblicos Para Reflexão - Leia a Bíblia

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
© 2012 Irmandade Adventista. Direitos Reservados | Belém-Pa BRASIL
Design by psdvibe | Bloggerized By LawnyDesignz Distribuído por Templates