Jóias é um assunto ligado à conduta cristã. O estilo de vida
de um seguidor de Deus manifesta-se em grata resposta à magnificente salvação
através de Cristo.
Cristo orou: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os
guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou” (João 17:15,
16).
Os Cristãos devem adotar um estilo de vida diferente do
mundo não pelo capricho de serem diferentes, mas porque Deus os chamou para
viverem por princípio. Ser diferentes também representa um aspecto da sua
missão: servir o mundo – servir como o sal do mesmo, e como a sua luz.
Conduta e Salvação
Ao determinar o que constitui uma conduta adequada,
deveremos evitar dois extremos. O primeiro é aceitar as regras e aplicações de
princípios como meio de obter a salvação. Paulo resume este extremo nas
seguintes palavras: (Gálatas 5:4) - “De
Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça
decaístes”.
O extremo oposto é crer que, uma vez que as obras não
salvam, não são elas importantes. Paulo também fala deste extremo: (Gálatas
5:13) - “Porque vós, irmãos, fostes
chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne;
sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”. Quando cada um dos membros da
igreja segue a sua própria consciência em desrespeito ao sentimento do grupo, a
igreja torna-se não o corpo de Cristo, mas uma coleção de indivíduos isolados,
cada um dos quais seguindo o seu próprio caminho.
Embora nossa conduta e espiritualidade estejam intimamente
relacionadas, jamais poderemos obter salvação através de conduta correta. Em
vez disso, o comportamento cristão é um fruto natural da salvação e encontra-se
alicerçado naquilo que Jesus já realizou por nós no Calvário.
O Vestuário Cristão
Tudo que é para nosso benefício interessa a Deus. Foi Ele
quem proveu as primeiras roupas para Adão e Eva. Ele sabe que necessitamos de
roupas adequadas nos dias de hoje (Mateus 6:25-33). As nossas decisões no
tocante a vestuário devem basear-se nos princípios da simplicidade, modéstia,
praticidade, saúde e atratividade.
O modo como nos vestimos demonstra ao mundo quem somos e o
que somos - não como expressão de exigência legal, mas como expressão de nosso
amor a Jesus.
O cristão não irá macular a beleza de seu caráter com
estilos que façam despertar o “desejo da carne” (I João 2:16). Embora o mundo
vista-se acentuando as partes do corpo que estimulam desejos sexuais, o cristão
não agirá assim pois o alvo do cristão é glorificar a Deus, não a si próprio.
Adornos
A percepção de beleza, por parte do céu, caracteriza-se pela
graça, simplicidade, pureza e encantos naturais.
Em lugar de adornos exteriores o apóstolo Pedro aconselha
que os cristãos se concentrem no desenvolvimento do “interior do coração, unido
ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante
de Deus” (I Pedro 3:1-4).
Tanto Pedro como Paulo expõem o princípio básico que deve
orientar homens e mulheres na área dos adornos: (1PE 3:3) - Não seja o adorno da esposa o que é exterior,
como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; (1TM 2:9, 10)
- Da mesma sorte, que as mulheres, em
traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e
com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é
próprio às mulheres que professam ser piedosas).
Quando Jacó convocou sua família para a dedicação de si
próprios a Deus, entregaram ao Patriarca “todos os deuses estrangeiros que
tinham em mãos e as argolas que lhes pendiam das orelhas”, os quais foram
enterrados por Jacó (Gênesis 35:4).
Vemos que a simplicidade harmoniza-se com a reforma e o reavivamento que Deus
quer operar em seu povo.
Simplicidade no estilo de vida e na aparência coloca o
Cristão em notório contraste com a ganância, materialismo e ostentação da
sociedade do século vinte, onde os valores focalizam as coisas materiais em
lugar das pessoas.
Conclusão
Em vista destes ensinamentos das Escrituras e dos princípios
aqui relacionados, cremos que os cristãos não devem se adornar com jóias.
Entendemos assim que o uso de brincos, anéis, colares e braceletes, bem como
vistosos prendedores de gravata, abotoaduras e broches – ou qualquer outro tipo
de jóia cuja função principal seja de adorno – é desnecessário e não se
harmoniza com a simplicidade de adorno recomendada pelas Escrituras.
Sob todas as circunstâncias, favoráveis ou adversas,
deveríamos procurar a compreensão e a prática da harmonia com a vontade de
Cristo (1 Coríntios 2:16). Ellen G. White assim expressa: “Toda verdadeira
obediência vem do coração. Se consentirmos, Cristo se identificará de tal forma
com os nossos pensamentos e ideais, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão
seguindo nossos próprios impulsos” O
Desejado de Todas as Nações, p. 668.
Finalizamos dizendo que o desenvolvimento da conduta cristã
– “semelhança com Cristo” – é progressivo. Envolve a união de toda uma vida com
Cristo. Esta entrega da vontade ao controle de Cristo é efetuada à medida que
nos familiarizamos com os ensinos de Cristo mediante a oração e o estudo da
Bíblia. Uma vez que “amadurecemos” em velocidades diferentes, devemos
abster-nos de julgar nossos irmãos ou irmãs mais fracos que não procedem da
maneira como nós viemos a compreender (Romanos 14:1; 15:1).
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